No passado dia 5 de maio, os Escoteiros de Portugal assinalaram o dia Mundial da Língua Portuguesa com uma sessão online de Pontos de Encontro sobre Políticas da Juventude.
Esta sessão contou com 4 convidados provenientes de países de língua portuguesa que se encontram numa posição onde as suas funções têm uma grande influência nos jovens de hoje em dia. Os convidados presentes no Ponto de Encontro foram o Vereador da Juventude e do Desporto Frederico Nunes na Câmara Municipal de Cascais, Bruno Martins Comissário Internacional dos Escoteiros do Luxemburgo; Belarmino Cardoso, Comissário Internacional dos Escoteiros de Angola e Matheus Valois, Coordenador do Programa de Líderes do Nordeste.
Moderado por Tiago Costa, o adjunto da Chefia Nacional do Dep. Relações Externas, a sessão começou por conhecer cada um dos convidados e as funções que desempenhavam. Embora as funções do Vereador sejam diferentes dos comissários e do coordenador, foi possível identificar que todos os convidados tinham a função de trabalhar com as associações relacionadas com os movimentos escostistas/escutistas e guidistas e outros parceiros externos tem um grande papel em incentivar o dialogo entre jovens, sobretudo em contexto pandémico. O Vereador mencionou a forte relação que a Câmara Municipal de Cascais tem com os movimentos através de um forte investimento nas suas sedes, consideradas a base de cada associação/agrupamento, e o apoio no transporte de escoteiros, escuteiros e guias.
Durante a sessão também foi discutido o papel dos jovens como agentes da mudança, especialmente durante a pandemia. Todos os convidados falaram no papel fulcral dos jovens na pandemia pois foram eles que apoiaram os governos locais na sensibilização para as medidas da covid-19 e outros programas que ajudassem os mais afetados pela pandemia. Devido a essa ajuda, Bruno Martins mencionou a conquista dos escoteiros de Luxemburgo com o prémio de Cidadão Europeu oferecido pelo Comissariado Europeu, devido a prestação dos escoteiros no apoio a varias atividades de serviços na comunidade local durante a pandemia ( como por exemplo, passear cães levar as compras de pessoas vulneráveis). Já no Brasil, o papel dos jovens como agentes da mudança é muito focado na política envelhecida dos países e a importância de criar um diálogo intergeracional é crucial para o futuro de um país, pois de acordo com o Vereador “ Os jovens tanto são o futuro como são o presente”.
Finalmente, um dos últimos temas abordados foram os desafios e oportunidades que a pandemia trouxe aos convidados. O Vereador mencionou da crise das máscaras e de como os bairros sociais de Cascais não tinham meios para seguir as indicações recomendadas e a falta de máscaras no geral. Como solução, o Vereador em conjunto com a Câmara observaram que os jovens seriam a solução para este desafio, e por isso criaram programas de voluntariado com os jovens dos Bairros Sociais de forma a sensibilizar os residentes a seguirem as indicações pedidas. O Vereador também reforçou o enorme apoio das associações juvenis com o programa das Caixas Solidárias que visa em doar alimentos aos mais afetados pela pandemia. Já no Brasil, o desemprego e o abandono escolar foram considerados um dos maiores desafios vividos no Brasil, contudo, deu também oportunidade a criar parcerias com organizações externas como as Nações Unidas e a criação de programas que apoiam a educação e ajudam os jovens a desenvolver soft-skills. Na Angola, a falta de meios de acesso de comunicação tem sido considerado um grande desafio para o convidado e a dificuldade em identifica medidas ou atividades que fossem realmente concretizadas. Contudo, demonstrou que realmente as organizações juvenis em Angola são as que realmente mais se mobilizam como agentes de mudança e a sua influência em outros jovens.
Por fim, foi realizado Q&A para os convidados dos quais falaram na desigualdade de género, a relutância aos políticos entre outras. Todos os convidados realçaram a importância dos jovens como o futuro da sociedade global e o Vereador refere como os jovens, numa era de redes sociais e de informação partilhada muito rapidamente, se tornaram mais conscientes dos problemas ambientais e cívicos. No final do evento foi reforçado de que os jovens tem conhecimento do que lhes afeta e são eles que respondem aos desafios que enfrentam daí ser importante haver um diálogo entre os jovens e as entidades juvenis.