E se de repente fossem os jovens a decidir que no espaço de lazer da sua escola haja uma mesa de matraquilhos ou pingue-pongue? Se coubesse aos alunos de uma escola de Cascais propor à Câmara Municipal que compre mais tablets ou quadros de giz? Ou que compre para escola equipamento para uma rádio-escola? Ou ainda que a escola passe a dispor de postos de carregamento de telemóveis? Numa perspetiva mais natural, que a escola disponha de uma verba para manter uma horta onde possam ser produzidos legumes ou frutos que ajudem a tornar a alimentação mais saudável? E ainda que possa ter máquinas de sumos naturais?

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Não só é possível como real. No Orçamento Participativo Jovem de Cascais são os jovens que decidem e a votação começa já dia 19 de março. Ao longo de quatro dias, entre 19 e 22 de março, cerca de 13.000 alunos de 14 escolas do concelho vão decidir quais os projetos até 2.500 euros que pretendem ver executados nas suas escolas. Ao mesmo tempo são chamados a decidir sobre projetos para a comunidade, a integrar no OP Cascais 2018, e para o Orçamento Participativo Escolas, lançado pelo Ministério da Educação.

Tal como num processo de sufrágio eleitoral à escala autárquica, nacional ou europeia, os alunos vão ser chamados às urnas colocadas em locais estratégicos e a funcionar em horários divulgados em cada escola. Terão de apresentar o seu cartão de estudante perante a mesa da Assembleia de Voto e votar em consciência, assinalando um “x” por categoria. 

“É esta a grande mais-valia de um processo desta natureza em que todo o trabalho é feito pelos próprios jovens”, explica Joana Pinto Balsemão, vereadora da Cidadania na Câmara Municipal de Cascais. “O Orçamento Participativo Jovem de Cascais implica que sejam os jovens os protagonistas na definição das normas e apresentação de ideias, no acompanhamento da fase de análise técnica, na votação e contagem de votos. São também eles que acompanham a execução dos projetos vencedores e estão em destaque na inauguração… tudo faz parte deste processo democrático e de participação dos cidadãos”, acrescenta a vereadora.

Importante é referir que todos os projetos para a Escola serão implementados até ao final do ano e repare-se: a taxa de conclusão do OP Jovem 2016/17, primeiro ano da iniciativa da Câmara Municipal de Cascais foi de 100%. 

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