DIA INTERNACIONAL DA UNICEF
O Dia Internacional da UNICEF celebra-se anualmente a 11 de dezembro.
A UNICEF (United Nations Children's Fund - Fundo das Nações Unidas para a Infância) é um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que tem como objetivo fomentar a defesa dos direitos das crianças e contribuir para o desenvolvimento destas. Rege-se pela Convenção sobre os Direitos da Criança, lutando por um mundo melhor para as crianças, que são o futuro da humanidade.
Celebra-se a dia 11 de dezembro o Dia Internacional da UNICEF pois foi neste dia que se fundou este organismo, em 1946. Na sua origem esteve o desejo de ajudar as crianças europeias que sentiram na pele a crueldade da 2ª Guerra Mundial. Hoje em dia a UNICEF está em 193 países e territórios do mundo, tendo a sua sede em Nova Iorque.
ÁREAS DE ATUAÇÃO
A UNICEF tem como missão defender e promover os direitos da criança e criar condições duradouras para o seu desenvolvimento. A Convenção sobre os Direitos da Criança, o pilar de todo o nosso trabalho, reconhece às crianças um conjunto de direitos para que possam viver, crescer, aprender num ambiente seguro e protector, e participar na vida em sociedade.
Ao longo de mais de 70 anos, alcançámos mudanças reais na vida das crianças em todo o mundo. Para garantir o cumprimento dos direitos da criança, centramos as nossas estratégias e programas nestas 5 áreas fundamentais:
Sobrevivência e Desenvolvimento:
Os primeiros anos de vida de uma criança são cruciais. Quando recebem cuidados e uma nutrição adequada, as crianças têm melhores condições para sobreviver, crescer com saúde e desenvolver-se física, mental, social e emocionalmente.
Para a UNICEF, é crucial assegurar uma alimentação e saúde adequadas, o acesso a água potável, saneamento, promover hábitos saudáveis que previnam e tratem as principais causas de mortalidade infantil, como a pneumonia, a diarreia e a malária, garantindo a todas as crianças a oportunidade de crescer de forma saudável. Foram muitos os progressos alcançados, mas há ainda muito por fazer:
- 15,000 crianças morrem todos os dias antes de completar os cinco anos, a maioria devido a causas preveníveis; a maior parte destas mortes têm lugar na África Subsariana e na Ásia Meridional;
- Em 2016, cerca de 2.600 crianças morreram nas primeiras 24 horas de vida. Para quase 2 milhões de recém-nascidos, a sua primeira semana de vida foi também a última. A ausência de pessoal especializado de saúde durante o parto e nos dias que se seguem é um dos principais factores que contribuem para esta realidade;
- 156 milhões de crianças sofrem de subnutrição crónica no mundo, comprometendo de maneira irreversível o seu desenvolvimento físico e intelectual;
- 844 milhões de pessoas não têm acesso a água potável e 2.300 milhões não dispõem de saneamento básico adequado.
Educação:
A educação é um direito humano fundamental. Ter acesso a uma educação gratuita e de qualidade é um direito de todas as crianças.
Assegurar que todas as crianças possam desfrutar do direito a uma educação de qualidade é uma prioridade para a UNICEF, desde oportunidades de aprendizagem precoce que lançam as bases para o sucesso na escola, até o ensino secundário. Reconhecendo os avanços significativos dos últimos anos, vários são ainda os desafios:
- 61 milhões de crianças em idade escolar primária (dos 6 aos 11 anos) estão fora da escola; mais de metade são raparigas;
- Há cerca de 1000 milhões de crianças em idade escolar do primeiro e segundo ciclos de ensino, mas muitas não beneficiam de uma educação de qualidade devido à pobreza, conflitos, discriminação de género, deficiência ou origem étnica;
- Em muitos países, as raparigas enfrentam barreiras sociais e culturais que as impedem de ir à escola, limitando o seu pleno desenvolvimento;
- 75 milhões de crianças foram forçadas a interromper a sua educação devido a crises humanitárias e conflitos de longo prazo.
Proteção Infantil:
Muitas crianças em todo o mundo estão expostas a diferentes formas de exploração, abuso, violência ou exclusão e precisam de protecção.
Ao proteger hoje as crianças mais vulneráveis – dando-lhes uma oportunidade justa – podemos ajudar a romper o ciclo da pobreza extrema. Investir nas crianças mais vulneráveis pode produzir benefícios imediatos e a longo prazo, tanto para as próprias crianças como para a sociedade. A protecção de todas as crianças é urgente, em especial as mais desfavorecidas:
- 230 milhões de crianças não são registadas ao nascer, o que as impede de ter um nome, uma nacionalidade, acesso aos serviços de saúde, educação e protecção;
- O número de crianças afectadas por conflitos é cada vez maior e mais preocupante. As crianças são vítimas de uma violência extrema, sem que as leis internacionais designadas para as proteger consigam evitar estes abusos;
- As crianças estão expostas a doenças infecciosas e a riscos diversos para a sua integridade física e moral, com falta de comida, água potável e cuidados de saúde;
- 1 em cada 3 utilizadores de internet em todo o mundo é uma criança – muito pouco é feito para protegê-la dos perigos do mundo digital e para tornar o seu acesso a conteúdos online mais seguro;
- O trabalho infantil existe como resultado da pobreza e da vulnerabilidade infantil. As crianças que trabalham perdem o direito à educação e estão expostas a situações de risco.
Alterações Climáticas:
As alterações climáticas têm consequências a curto e longo prazo na sociedade e ameaçam o desenvolvimento sustentável, relacionando-se com outros problemas como a pobreza, as desigualdades, o acesso à educação e à saúde, assim como a escassez de recursos.
A Convenção sobre os Direitos da Criança reconhece que todas as crianças têm direito a um início de vida com as melhores condições possíveis, que lhes permitam crescer e desenvolver todas as suas capacidades. No entanto, as alterações climáticas, um dos maiores desafios deste século, põem em risco os seus direitos – desde a sua sobrevivência, ao seu bem-estar, ao acesso à água, alimentação e educação. É importante ter em conta que:
- Mais de 500 milhões de crianças vivem em áreas onde a precipitação extrema é frequente e 160 milhões vivem em regiões de seca severa. A maior parte das crianças que vive em zonas expostas a um risco extremamente elevado de cheias encontram-se na Ásia, e a maioria das que vivem em regiões propensas à seca encontram-se em África;
- As alterações climáticas significam subidas da temperatura, vagas de calor, cheias, secas e outros fenómenos meteorológicos extremos. Estes eventos podem causar morte e devastação e contribuir para a propagação das principais causas de morte de crianças, como a má nutrição, malária e diarreia;
- A poluição e o estilo de vida podem provocar alterações irreversíveis no ambiente e, por sua vez, pôr em risco a sobrevivência e o bem-estar de comunidades e influenciar os meios de subsistência de milhões de pessoas.
Este órgão depende inteiramente de contribuições voluntárias, não recebendo qualquer financiamento da ONU. Faz aqui o teu donativo!